sexta-feira, 25 de maio de 2012

Diário de bordo (Lídia Neves)


Dia 1
Chegou o dia da partida. Para trás deixarei a minha terra e todos os meus mais queridos. Terei uma viagem muito difícil, visto que não conheço ninguém. Mal cheguei ao navio, o capitão reuniu-nos para nos ficarmos a conhecer, e saber as etapas que teremos de enfrentar para chegar a Dio, o nosso objectivo. Estávamos todos apreensivos, pois é uma viagem longa e não sabemos o que nos espera.
Logo que rumámos a Dio, o mar estava muito agitado. Esperávamos uma noite muito exaustiva. Como o mar estava tão agitado, o barco oscilava muito. Não dormimos nada para ficar de vigia. Pela manhã, o mar já estava mais calmo. Uns aproveitaram para dormir, outros para comer algumas carnes salgadas que trazíamos nos sacos. Ao fim de comermos, aproveitámos para descansar um bocado, e outros aproveitaram para se conhecer melhor. Para já, a viagem está a correr bem, veremos o que nos espera amanhã.
Dia 2
Logo pela manhã, ainda nem estávamos completamente acordados, e ouvimos uns sons. Parecia que estavam a bater no casco do navio. Todos procurámos saber de onde vinha o barulho, até que olhámos para o mar e estavam lá sereias, que logo começaram à conversa conosco e nos ajudaram a passar o tempo. Contaram-nos as maravilhas daquele mar, o que poderíamos encontrar, entre muitas outras coisas.
O dia já ia a meio, mas nada nos tirava da cabeça o que poderíamos encontrar quando chegássemos a Dio. Uns diziam que iríamos encontrar pessoas com duas cabeças, só com um olho, animais assustadores, outros que talvez as pessoas fossem normais - mas, afinal, ninguém sabia ao certo.
Já o sol se tinha posto, a escuridão estava a vir, quando começámos a ouvir um barulho ensurdecedor e no céu só se viam feixes de fogo: eram pássaros enormes que cuspiam fogo. Aproximaram-se do nosso navio e atearam fogo ao mastro que logo começou a arder. Todos entrámos em pânico. Mas logo o nosso capitão nos mandou manter calmos, e tentar apagar aquele fogo. O fogo rapidamente foi extinto, visto que não teve muito tempo para alastrar.
Todos ficámos assustados com o que se tinha passado, pois aqueles pássaros enormes podiam voltar quando menos esperássemos. A noite já ia longa, e estávamos exaustos com o sucedido. Aproveitámos para dormir, mas sempre com receio que os pássaros voltassem.
Dia 3
Deixei de escrever por algum tempo, pois a viagem tornou-se um grande tormento. Fomos atacados por corsários, animais marinhos, pássaros gigantes e estivemos perto de naufragar, o que nos deixou exaustos, e sem forças para continuar.
Depois desta viagem longa e exaustiva, finalmente chegámos a Dio, e logo nos deparámos com um dia chuvoso e de trovoada. Tivemos que procurar um refúgio, pois estávamos famintos e cansados. Logo que encontrámos local abrigado, pudemos descansar e comer a pouca comida que nos restava da viagem, visto que a meio da viagem a comida  escasseou e tivemos que pescar alguns peixes que nos apareciam.
Após todos terem comido e descansado, aproveitámos para conhecer Dio, visto que estávamos todos empolgados para saber como seriam os habitantes, e como era aquela ilha. Quando saímos do nosso abrigo, deparámo-nos com pessoas normais... afinal não havia pessoas com duas cabeças, com um só olho, nem animais estranhos, eram simplesmente pessoas como nós e tinham as suas próprias vidas.

(Texto submetido a correções pontuais)

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