«Nos seis painéis do Retábulo de São Vicente, atribuído a Nuno Gonçalves, pintor do rei D. Afonso V, revela-se um dos mais notáveis retratos colectivos da pintura europeia. Sendo este políptico fonte inesgotável de leituras e interpretações, um segmento considerável da recente historiografia concorda no facto da representação se centrar na Veneração a São Vicente no contexto das campanhas da Dinastia de Avis contra os mouros, em Marrocos.
A partir da simétrica representação de um santo diácono nas tábuas centrais – Painel do Infante e Painel do Arcebispo, a composição desenvolve-se para ambos os lados num esquema que vai contrapondo e alternando volumes, luz e cor sustentados por firme desenho. Na horizontal sucedem-se três planos que evoluem desde as figuras ajoelhadas até ao friso de múltiplas cabeças que remata a encenação, enquanto as linhas convergentes do mosaico do chão sublinham a construção perspética.
Reconhecem-se grupos sociais, nobres e cavaleiros, frades, clérigos e pescadores; distinguem-se trajes e tecidos; identifica-se a armaria e as jóias e examina-se a relíquia e os livros abertos. Nos rostos silenciosos e singulares de cada figura ou de cada grupo estampa-se a atmosfera de testemunho e devoção que envolve a serena dramatização que esta excepcional pintura invoca.»
A partir da simétrica representação de um santo diácono nas tábuas centrais – Painel do Infante e Painel do Arcebispo, a composição desenvolve-se para ambos os lados num esquema que vai contrapondo e alternando volumes, luz e cor sustentados por firme desenho. Na horizontal sucedem-se três planos que evoluem desde as figuras ajoelhadas até ao friso de múltiplas cabeças que remata a encenação, enquanto as linhas convergentes do mosaico do chão sublinham a construção perspética.
Reconhecem-se grupos sociais, nobres e cavaleiros, frades, clérigos e pescadores; distinguem-se trajes e tecidos; identifica-se a armaria e as jóias e examina-se a relíquia e os livros abertos. Nos rostos silenciosos e singulares de cada figura ou de cada grupo estampa-se a atmosfera de testemunho e devoção que envolve a serena dramatização que esta excepcional pintura invoca.»
In http://www.mnarteantiga-ipmuseus.pt/pt-PT/exposicao%20permanente/obras%20referencia/ContentDetail.aspx?id=213 (recolhido em 13/12/2011)
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