segunda-feira, 25 de junho de 2012

Não confundir...

... ácaros (espécie da família dos sarcoptídeos, de 0,5mm de comprimento, responsáveis pela sarna que acomete o homem) e árcades, membros de uma arcádia (sociedade literária).

Bocage e os árcades tinham ácaros na cama, o Henrique deve ter ácaros na cama, eu, embora muito dada a arejar e a limpar, tenho ácaros na cama - mas posso desde já garantir que Bocage não desprezava os ácaros. É mais do que certo que não sabia sequer do que se tratava.

Um ácaro:

Um árcade de entre muitos (neste caso, Correia Garção):


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Quadro de avisos - e respetiva lista negra

A reunião para entrega de registo de avaliação e análise do percurso escolar dos alunos realizar-se-á no dia 2 de Julho de 2012, às 18h30m, na Biblioteca.

Os alunos números dois, quatro, sete, oito, nove, dez, onze, doze, quinze, dezasseis, dezassete, vinte e quatro e vinte e cinco não devolveram o recibo da convocatória assinado pelos encarregados de educação. Espero tê-los amanhã no meu cacifo. Se estiverem, retiro-os da lista negra. Se não estiverem... fico de mau humor. De muito mau humor.

Jovens como vós

Clicar em http://videos.publico.pt/Default.aspx?Id=188e676c-52ac-46f8-b772-c8889a62321f

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Lista negra

Alunos que não fizeram PIL: Andreia e Flávia
Alunos que não fizeram apresentação oral do PIL: Andreia, Eva e Micaela

Um trabalho muito útil...

... feito pela Eva Joana, e que - penso - aproveitará a todos.



«(...) As emoções na sala de aula


O papel das emoções nas aprendizagens e nos relacionamentos dentro da escola exige que se devem "educar" as emoções e fazer com que os alunos também se tornem aptos a lidar com frustrações, negociar com outros, reconhecer as próprias angústias e medos, etc.
Para que os alunos desenvolvam sua inteligência emocional, uma das premissas básicas é a necessidade de que o professor também desenvolva sua própria inteligência emocional, pois, pode-se dizer que aquilo que o professor ensina em sua prática docente está em volta na  sua própria personalidade. Desse modo, a inteligência emocional do professor é uma das variáveis que melhor explica a criação de uma aula emocionalmente inteligente.

Um princípio básico para o desenvolvimento da inteligência emocional na sala de aula é o respeito mútuo pelos sentimentos dos outros, e para tanto é necessário que o aluno saiba como se sente e seja capaz de comunicar abertamente suas sensações e sentimentos. O aluno não deve negar as suas emoções negativas e sim, ser capaz de expressá-las de modo saudável na comunidade que constrói com os outros.

Ensinar os alunos a reconhecer suas emoções, saber categorizá-las e comunicá-las, fazendo-se entender, ajuda-os a serem os responsáveis por suas próprias necessidades emocionais.

Conhecer os alunos é um processo que se inicia desde os primeiros dias de aula. Quanto maior for esse conhecimento, maior será a eficácia da acção pedagógica, pois pode-se então mobilizar interesses, curiosidades, conhecimentos prévios, aspectos das histórias de vida, articulando com os conhecimentos que integram o currículo a ser desenvolvido.



Lidar com o controlo de impulsos em seis passos
 
1-Pára, acalma-te e pensa antes de agir
2-Diz qual é o problema e como te sentes
3-Define um objetivo positivo
4-Pensa em várias situações
5-Pensa nas consequências
6-Avança e tenta o melhor plano

 
O que ganhas ao controlar as emoções

 
  •  Maior compreensão das causas que motivaram os teus sentimentos
  • Reconhecimento da diferença entre sentimentos e ações
  • Menos ofensas verbais, lutas e perturbações das aulas
  • Maior capacidade para expressar verbalmente a ira, sem lutar
  • Menos suspensões e expulsões
  • Menos comportamentos agressivos ou autodestrutivos
  • Maior capacidade para lidar com o stress
  • Mais responsabilidades
  • Comportamentos menos impulsivos: mais autocontrolo
  • Melhores notas nos testes de avaliação sumativa
  • Maior capacidade de concentração
  • Mais empatia e sensibilidade relativamente aos sentimentos dos outros
  • Maior capacidade de escutar os outros
  • Mais capacidade para gerir relacionamentos»
(Trabalho sujeito a alterações pontuais)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Quadro de avisos (especial encarregados de educação)

Um estranho vírus parece estar a atacar alguns alunos desta Direção de turma, levando-os a faltar a aulas às quais ainda não atingiram o limite das injustificadas (há três, repito, três excepções. Alunos que não sabem fazer contas. De somar).
Este vírus não ataca durante o dia inteiro, mas apenas em disciplinas criteriosamente escolhidas. Trata-se de um vírus seletivo, na medida em que afeta grupos de amigos. Devo alertá-los para a sua periculosidade, porque, como os alunos se parecem recompor rapidamente, não se fazem acompanhar por justificações, razão pela qual ainda poderão reprovar por faltas...

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Avisos escritos no quadro da sala de aula

  • A funcionária da Biblioteca pede aos alunos que ainda não entregaram os livros requisitados que o façam rapidamente

  • Na segunda-feira começam as apresentações P.I.L. A ausência de P.I.L. implica, como sempre, a atribuição de zero (0) valores neste parâmetro, o qual equivale a 33% da avaliação sumativa. A ausência de apresentação oral equivale a uma desvalorizaçãon de 50% na avaliação.

Cenário de correção do teste de avaliação sumativa


I

1.       Os sentimentos da figura feminina encontram correspondência nas suas atitudes. Assim, à saudade corresponde a pergunta, duas vezes repetida “- Vistes lá o meu amor?”; à sua obsessão pelo amado (“Posto o pensamento nele”) correspondem o canto e os suspiros; tentando “suspender (…) sua dor”, põe as mãos no rosto e olha para o chão. Como, de algum modo, se compraz no seu tormento (“Que não quer que a dor se abrande”), não chora. Essa atitude é reservada para o momento em que sabe novas do seu amor, e então verte lágrimas de alegria.



2.       Esta cantiga apresenta muitas semelhanças com uma cantiga de amigo: desde logo, o cenário (a fonte) e o objeto de uso quotidiano (a talha); a personagem principal, uma jovem que, embora não corresponda ao sujeito poético, assume o sofrimento  amoroso (“coita de amor”) e coloca uma pergunta em estilo direto às personagens secundárias, amigas e confidentes da jovem. A simplicidade e repetição presentes na composição poética reforçam o efeito de arcaísmo.





3.       O estado emocional de Lianor é reforçado pela insistência em vocábulos relacionados com o sofrimento (formas do verbo chorar, e os nomes lágrimas, suspiros, dor, mágoa), os quais são, por vezes, objeto de repetição.



Com o gerúndio são obtidos dois efeitos: um primeiro, mais usual, de simultaneidade (“Lavando a talha e chorando/Às amigas perguntando”). Mas, à medida que o poema se desenvolve, o que predomina é a ideia de que a ausência do amado nunca abandona Lianor, e de que esse sentimento é prolongado no tempo: (“Nisto estava Lianor / o seu desejo enganando / às amigas perguntando”), de tal forma que a inquirição assume um registo obsessivo: “Despois que de seu amor / soube novas perguntando”.



A insistência nas palavras relacionadas com o sofrimento amoroso, o facto de Lianor colocar obsessivamente a mesma questão, a circunstância de o choro, de tão intenso, a cansar - mas de, paradoxalmente, aumentar a dor quando pára - atinge o ponto culminante na afirmação hiperbólica “Mais pesada sente a dor”. Até este ponto, o sofrimento de Lianor é cada vez mais intenso. Porém, a interrogação inicial de Lianor “- Vistes lá o meu amor?” obtém finalmente uma resposta afirmativa “Despois que de seu amor / soube novas perguntando”, que leva o sujeito poético a exclamar “De improviso a vi chorando. Olhai que extremos de dor!”. Assim, o estado emocional de Lianor é tão frágil, que até a alegria a faz chorar.



4.       Trata-se de uma cantiga iniciada com um mote de quatro versos onde o tema é brevemente apresentado. O desenvolvimento em três voltas de oito versos complexifica o mote. Os versos de sete sílabas (ou seja, em redondilha maior) apresentam rima interpolada (abba) e emparelhada (bb).

II

1.1. Evocando uma vida aventurosa, cheia de “trabalhos e perigos”, vivida primeiro na Pátria e, depois, nas partes da Índia, o narrador faz uma introdução genérica ao livro, chamando, simultaneamente, a atenção dos leitores para o facto de estarmos perante um relato de viagens, subgénero literário de grande sucesso na época.



1.2. Esta forma de dedicatória integrada no texto serve para conferir  autenticidade ao relato: se é algo que lega aos filhos, não faria sentido mentir. Por outro lado, os perigos por que passou não parecem, no final da vida, ter-lhe valido outra fortuna que não o facto de lhe “(…) conservar a vida para que eu pudesse fazer esta (…) escritura (…)”, razão pela qual é a “herança” que lhes deixa.



1.3.  O autor qualifica pejorativamente o seu texto como “rude e tosca escritura” para mostrar modéstia e captar a benevolência dos leitores.



2.       A palavra peregrinação remete, em primeiro lugar, para uma romagem a lugares santos e de devoção. Em Fernão Mendes Pinto, porém, e dada a ausência de intuitos devotos da maior parte das suas aventuras, o vocábulo alude aos muitos perigos por que o (anti-)herói passou. Ainda assim, convém realçar que, numa fase mais tardia, Fernão Mendes Pinto conhece e é influenciado por S. Francisco Xavier, o que o leva, a dado ponto, a ser mandatado, pela Companhia de Jesus, para uma missão evangelizadora no Japão.



3.       Uma das caraterísticas mais interessantes – e mais raras, atendendo à época em que viveu – em Fernão Mendes Pinto, é a sua atenção ao Outro. É frequente vê-lo elogiar a organização de outros povos. Curioso e atento aos usos e costumes de outros povos, não se coloca, como muito outros europeus, como um civilizado face a povos bárbaros.



Este episódio relata, com humor, o oposto: as damas do reino do Bungo zombam dos visitantes, que comem com as mãos, o que é tido por “muito grande sujidade”.

sábado, 9 de junho de 2012

Projeto de estudo de campo em antropologia

Amostra observada: a turma G do 10º ano


Tema: a influência do visionamento continuado de séries juvenis, como "Morangos com açúcar", no comportamento de um grupo de adolescentes que frequentam o ensino secundário.


Comportamento observado: tanto os elementos do sexo feminino, como os do sexo masculino, parecem considerar natural ver-se ao espelho, pintar-se, pentear-se (em certos sujeitos, este comportamento repete-se com uma frequência inusitada, variando entre uma vez de dez em dez minutos e uma vez de dois em dois minutos) no decurso das aulas.

Observa-se um grande interesse pelo material escolar, o qual, por vezes, é espalhado na mesa com intenções que, do ponto de vista antropológico, poderiam ser consideradas de ostentação. Estranhamente, os cadernos e manuais escolares parecem ocupar o lugar mais baixo nesta hierarquia. A exibição de material escolar não encontra correspondência na exibição de conhecimentos, saberes e competências relativamente às matérias estudadas.

A linguagem e atitudes assemelha-se à conceção de comportamento juvenil dos guionistas de séries para jovens, mas não se afiguram compatíveis com uma sala de aula autêntica.  Naturalmente, os níveis de atenção e concentração são significativamente baixos, havendo relatos de alunos que afirmavam candidamente apenas ter estudado uma peça de Gil Vicente ou, até, que não faziam a mínima ideia dos autores  estudados nas aulas imediatamente anteriores. Numa ocorrência única, mas  digna de nota, a História da Literatura Portuguesa, de António José Saraiva e Óscar Lopes, foi designada como "aquele livro, o... cenas. A setora sabe."


Os elementos do sexo masculino falam obssessivamente de futebol e o seu material escolar apresenta desenhos estilizados, que, do ponto de vista psicanalítico, parecem apontar no sentido do pensamento mágico.


Material inventariado: espelhos de bolso em diversos formatos (circular, retangular, em forma de coração), um sem número de cremes de mãos, bâtons coloridos e de cieiro, pentes, tubo de Hirudoid, diverso equipamento eletrónico - com especial destaque para telemóveis -, estojos, cadernos (e até mãos) decorados com símbolos cabalísticos, folhas soltas com a palavra "ressaca" escrita em grande destaque, um jogo tipo "scrabble" apenas começado, bilhetes, papéis diversos que nem sempre são colocados no caixote do lixo (tendo a alegação "Os funcionários têm de fazer alguma coisa." sido reportada duas vezes).

Nível sociolinguístico: a linguagem a que o grupo em observação recorre é assaz colorida e pitoresca (observando-se aqui e além dificuldades nas formas de tratamento, que os sujeitos em estudo parecem considerar "manias" dos professores). Há relatos de utilização de palavras impróprias de uma sala de aula (embora por vezes ocorram em contextos televisivos, o que explica o tema deste projeto). Por razões de espaço e de pudor, este item terá de ser objeto de um relatório à parte, com a menção "confidencial".

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Lista negra



Alunos que faltaram à ficha de Inglês: Andreia, Filipa Andreia e Marta

Alunos que não fizeram apresentação oral em Inglês: Eva Daniela e Micaela