segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Texto expositivo-argumentativo (modelo tese-antítese-síntese)


Tema: É lícito, na atual conjuntura, apresentar um anúncio publicitário onde alguém afirma desejar uma carteira Chanel?

Tópicos a abordar

+

·    objeto esteticamente bonito

·     frontalidade

·    Objeto durável e intemporal (ecologia, etc.)

·    Pode admitir-se que se tratava de um desejo hipotético ou até irrealizável

-

·    A crise

·    Preço excessivo do objeto

·    Materialismo demonstrado

·    futilidade

·    insensibilidade

·    quem tem $, imita-a (ostentação)

·    quem não tem $: compra imitações – economia paralela; fica frustrada

Texto expositivo-argumentativo

Modelo textual: tese – antítese – síntese

Num dos anúncios publicitários que a Samsung lançou no “Youtube” acerca dos desejos para 2013 de famosos ligados ao mundo da moda, a jovem entrevistada, Pepa, afirmou querer uma carteira Chanel. Esta declaração começou por causar polémica entre os internautas, seguindo-se a passagem do vídeo nos telejornais e, finalmente, várias entrevistas à jovem.

Esta polémica pode ser encarada de vários pontos de vista. O vídeo da Samsung foi criticado pelo preço excessivo da carteira Chanel, pelo facto de o país estar em crise, pela insensibilidade demonstrada por Pepa, bem como pela sua futilidade e materialismo. Em contrapartida, é possível examinar o desejo da jovem por outro prisma. Assim, além de o objeto ambicionado ser esteticamente bonito, é também durável e intemporal. Se Pepa só comprasse esta carteira e a usasse ao longo da vida, transmitindo-a aos descendentes, esta aquisição poderia ser encarada como um valor de uso e a sua atitude poderia ser classificada como ecológica. Por último, é possível que Pepa não estivesse a formular um desejo concreto, mas, sim, a materializar um sonho irrealizável. Admitindo que não fosse esse o caso, então a atitude da jovem poderia ser qualificada como honesta e frontal.

A crise em que vivemos deita, todavia, por terra todos estes argumentos. Mais do que frontal, Pepa foi inconsciente, não se dando conta de que as suas afirmações são ofensivas para a maioria dos seus congéneres. Quanto à possibilidade de se tratar de uma carteira para a vida, é desmentida pela frivolidade da jovem, cujo perfil aponta no sentido de uma “alta rotatividade” de roupas e acessórios.

Em conclusão, a “Samsung” procedeu bem ao retirar o vídeo do “Youtube”, uma vez que pode redundar em  consequências nefastas. Com efeito, quem tenha posses pode ser influenciado por este desejo consumista e comprar um objeto de que, verdadeiramente, não tem necessidade. Trata-se, genericamente, de uma atitude de ostentação, destinada a mostrar-se superiores às outras pessoas e privilegiando o ter em detrimento do ser.

Quanto às pessoas que não podem comprar bens desta natureza, podem ter tendência para comprar bens de que não carecem, ou imitações de objetos de marca. Tal atitude é pouco ecológica e pode favorecer a economia paralela. Esquecendo-se que é mais importante ser do que ter ou parecer, estas pessoas podem desenvolver frustrações e fomentar a revolta social.

 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

«O gebo e a sombra» na versão de Manoel de Oliveira


Ficha e texto acerca de «O gebo e a sombra» no jornal "Público"

«
Cartaz do Filme

O Gebo e a Sombra

Título original:
Gebo et l'Ombre
De:
Manoel de Oliveira
Com:
Claudia Cardinale, Jeanne Moreau, Leonor Silveira, Ricardo Trêpa, Luís Miguel Cintra
Género:
Drama
Classificação:
M/12
Outros dados:
POR/FRA, 2012, Cores, 95 min.
 
Apesar de viver no limiar da pobreza, Gebo continua a sua actividade de contabilista para sustentar Doroteia, a mulher, e Sofia, a nora. A existência daquelas três pessoas é triste e monótona, girando à volta da ausência de João, o filho, que ninguém sabe onde está ou as razões por que partiu. Apesar do velho senhor tentar encontrar maneiras de aliviar o sofrimento das duas mulheres, parece que nada consegue minimizar as suas dores. Até que, sem que já ninguém o esperasse, João regressa. E é a partir daquele momento que o equilíbrio familiar, já de si frágil, se rompe, dando origem a uma catástrofe....
Baseado na peça homónima de Raul Brandão (1867-1930), escrita em 1923, a mais recente obra do mestre Manoel de Oliveira é um retrato da pobreza, da honestidade e do sacrifício.
O "Gebo e a Sombra" teve a sua estreia mundial no início de Setembro, em dias sucessivos, no Festival de Veneza e na Cinemateca Francesa em Paris - onde a obra do realizador passou numa retrospectiva integral.»

«O gebo e a sombra»: texto de Jorge Leitão Ramos ao filme de Manoel de Oliveira

«"Oliveira não faz filmes pela fama ou pelo dinheiro, faz filmes porque tem coisas para dizer - e eu admiro isso", disse ao Expresso o ator francês Michael Lonsdale, protagonista da mais recente obra de Manoel de Oliveira ontem apresentada no Festival de Veneza em estreia mundial. Recebida, nada mais nada menos, que com o labéu de obra-prima, "O Gebo e a Sombra" teve na passadeira vermelha uma comitiva formada por Lonsdale, Claudia Cardinale, Luís Miguel Cintra e os produtores português e francês.
Oliveira não esteve presente dada a fragilidade do seu estado de saúde, mas é esperado hoje em Paris onde o filme vai ter antestreia na Cinemateca Francesa, prelúdio para um Outono parisiense onde a obra do centenário realizador português vai estar em retrospetiva integral.(...)»


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-gebo-e-a-sombra-obra-prima=f751357#ixzz2KnHAlUmQ



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Raul Brandão era um grande escritor....


Raul Brandão

 
Para saber acerca do senhor da fotografia, cliquem em Raul Brandão.