«"Ad vos homines qui venistis populare in Vimaranes et ad illos qui ibi habitare volerint". (...)"A vós homens que viestes povoar em Guimarães e àqueles que aqui quiserem habitar" -, que a mensagem não nos é dirigida tanto a nós, visitantes ou turistas acidentais, mas aos habitantes desta terra, de quem se diz que não são cidadãos iguais aos outros.
Não foi ao acaso que o arquitecto Fernando Távora (1923-2005), com raízes familiares vimaranenses, decidiu inscrever esta frase numa das praças do centro da cidade de cujo restauro se ocupou desde que, em 1980, elaborou o Plano Geral de Urbanização de Guimarães. A sua preocupação principal, e a da equipa do Gabinete Técnico Local (GTL) constituído pela câmara em 1983, foi servir, em primeiro lugar, os habitantes do centro histórico.
"O nosso programa teve como princípio ordenador não expulsar ninguém das suas casas; simultaneamente tivemos o cuidado de refazer o antigo sem deitar nada fora", explica a arquitecta Alexandra Gesta, vereadora da autarquia e responsável, desde o início, pelo projecto de requalificação urbana do centro histórico.
Quem chega a Guimarães e percorre as suas ruas estreitas e praças aconchegadas constata que esse programa foi concretizado com sucesso. A roupa a secar nas varandas floridas, as mulheres às janelas conversando com os vizinhos, as crianças a jogar à bola na rua, as bancas às portas das mercearias, as pessoas cumprimentando quem passa, mostram que estamos perante gente da terra. E que se distingue facilmente dos habitantes que, desde o século XVIII, fizeram crescer a cidade para fora das muralhas que delimitam o núcleo classificado pela UNESCO em 2001.»
Não foi ao acaso que o arquitecto Fernando Távora (1923-2005), com raízes familiares vimaranenses, decidiu inscrever esta frase numa das praças do centro da cidade de cujo restauro se ocupou desde que, em 1980, elaborou o Plano Geral de Urbanização de Guimarães. A sua preocupação principal, e a da equipa do Gabinete Técnico Local (GTL) constituído pela câmara em 1983, foi servir, em primeiro lugar, os habitantes do centro histórico.
"O nosso programa teve como princípio ordenador não expulsar ninguém das suas casas; simultaneamente tivemos o cuidado de refazer o antigo sem deitar nada fora", explica a arquitecta Alexandra Gesta, vereadora da autarquia e responsável, desde o início, pelo projecto de requalificação urbana do centro histórico.
Quem chega a Guimarães e percorre as suas ruas estreitas e praças aconchegadas constata que esse programa foi concretizado com sucesso. A roupa a secar nas varandas floridas, as mulheres às janelas conversando com os vizinhos, as crianças a jogar à bola na rua, as bancas às portas das mercearias, as pessoas cumprimentando quem passa, mostram que estamos perante gente da terra. E que se distingue facilmente dos habitantes que, desde o século XVIII, fizeram crescer a cidade para fora das muralhas que delimitam o núcleo classificado pela UNESCO em 2001.»
Lido em 23/1/2012 in http://fugas.publico.pt/Viagens/299384_dez-passeios-por-guimaraes-dez-seculos-de-arquitectura-s-aos-nossos-pes?pagina=-1
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