quarta-feira, 22 de maio de 2013

A poesia de Ruy Belo I

 
 
A poesia de Ruy Belo nas palavras de Gastão Cruz:
«Enquanto «de novo a seara amadurece», lembremos a obra de Ruy Belo, um dos mais grandiosos e complexos monumentos da poesia portuguesa, um monumento barroco, em que alguns dos mais relevantes caminhos e experiências da poesia portuguesa moderna confluem numa síntese poderosa, que congrega características aparentemente tão demarcadas e raramente conciliadas, como um discurso torrencial, por vezes próximo da prosa, e uma imaginação verbal inesgotável, por um lado, e uma extrema atenção ao pormenor do verso, nomeadamente no nível fónico, por outro, como uma permanente dissecação da vida e da realidade quotidianas, em contraponto com uma antevisão, ora angustiada, ora irónica, da morte própria e uma inquietação perante a morte alheia não menos constantes.»
Gastão Cruz , A Poesia Portuguesa Hoje
2ª edição corrigida e aumentada
Lisboa, Relógio d’Água, 1999
 
 

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