A poesia de Ruy Belo
nas palavras de Gastão Cruz:
«Enquanto «de novo a
seara amadurece», lembremos a obra de Ruy Belo, um dos mais grandiosos e
complexos monumentos da poesia portuguesa, um monumento barroco, em que alguns
dos mais relevantes caminhos e experiências da poesia portuguesa moderna
confluem numa síntese poderosa, que congrega características aparentemente tão
demarcadas e raramente conciliadas, como um discurso torrencial, por vezes
próximo da prosa, e uma imaginação verbal inesgotável, por um lado, e uma
extrema atenção ao pormenor do verso, nomeadamente no nível fónico, por outro,
como uma permanente dissecação da vida e da realidade quotidianas, em
contraponto com uma antevisão, ora angustiada, ora irónica, da morte própria e
uma inquietação perante a morte alheia não menos constantes.»
Gastão
Cruz
2ª edição corrigida e aumentada Lisboa, Relógio d’Água, 1999 |
In http://cvc.instituto-camoes.pt/poemasemana/11/04.html (consultado em 15/5/2013)
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