quarta-feira, 10 de abril de 2013

«O primeiro surto de poesia moderna em Portugal com características de vanguarda centrou-se na publicação dos dois únicos números da revista Orpheu. Mas Orpheu não era esteticamente homogénea nem foi a única prática de vanguarda desses anos, aliás em sintonia cronológica com outros movimentos das primeiras vanguardas europeias: •Futurismo (1911) •Imagismo (1911) •Dadaísmo (1914) •Orpheu (1915) É por isso natural esse pluralismo estético nas páginas de Orpheu, pois que às manifestas importações, principalmente Futuristas, se juntavam as coordenadas da nossa própria Poesia nas quais já se detectavam anteriormente alguns sinais de estremecimentos de renovação, embora envoltos em névoas pós-simbolistas e decadentistas. Orpheu deve, pois, considerar-se como uma prática de ruptura de vanguarda, mas também como uma plataforma de encontro entre o passado e o futuro já que entre os seus organizadores e participantes as posições estéticas pós-simbolistas coexistiam com a preocupação de busca de novas formas de praticar a poesia, de a comunicar e de a fazer actuante na cultura do tempo, nosso e europeu. (E. Melo e Castro, A Vanguarda na Poesia Portuguesa do Século XX» In http://auladeliteraturaportuguesa.blogspot.pt/ (consultado em 10/4/2013»

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